Construção de um instrumento de coleta de dados a partir dos indicadores de racionalidade instrumental e Substantiva nas organizações de serviço

Autores

  • Maria Lúcia Gili Massi FIPEN- Faculdade Instituto Paulista de Ensino

DOI:

https://doi.org/10.21710/rch.v25i0.489

Palavras-chave:

racionalidade instrumental, racionalidade substantiva, organizações de serviço

Resumo

As racionalidades instrumental e substantiva estão presentes nas organizações. A primeira faz do homem instrumento de produção, expondo-o a um conjunto de regras e princípios utilitários, em que todos os meios são subordinados a determinados fins, não questionados eticamente. A segunda, valoriza a dimensão humana pelo seu pensamento crítico,promotor de mudanças vantajosas, mediante ações individuais e coletivas, respeitando a ética, o meio ambiente, o potencial humano e a confiança. As organizações de serviço são dependentes dos profissionais que atendem clientes, desempenhando trabalho emocional incerto, variável e de difícil controle. Esses profissionais são apoiados pelos que atuam na retaguarda, com atividades padronizadas e controladas. Com tais premissas, este estudo, com base em pesquisas bibliográficas, propõe-se a elaborar um instrumento que detecte as percepções e os comportamentos humanos que se ajustam aos elementos da racionalidade instrumental nas organizações de serviço. Os resultados revelaram que não se pode levantar os indicadores instrumentais sem considerar os substantivos, pois ambos estão presentes, com intensidades diferentes, nas organizações, motivo pelo qual o instrumento elaborado, com quarenta e três afirmativas, contém elementos instrumentais: cálculo; fins; maximização dos recursos; êxito, resultados; desempenho; utilidade;rentabilidade, e estratégia interpessoal; e substantivos: autorrealização; entendimento;julgamento ético; autenticidade; valores emancipatórios, e autonomia.

Referências

Antunes, R. (2000). Adeus ao trabalho?: ensaio sobre as metamorfoses e a centralidade do mundo do trabalho. São Paulo: Cortez. Campinas.

Aristóteles (1991). Ética a Nicômaco. Tradução de Leonel Vallandro e Gerd Bornheim da versão inglesa de W. D. Ross. São Paulo: Nova Cultural.

Castells, M. (1999). A sociedade em rede. São Paulo. Editora Paz e Terra.

Chiavenato, I. (2004). Gestão de pessoas: e o novo papel do recursos humanos nas organizações. (2a ed.). Rio de Janeiro: Elsevier.

Correa, H. L. & Correa, C. A. (2012). Administração de produção e operações: manufatura e serviços: uma abordagem estratégica. (3a ed.). São Paulo: Atlas.

Dutra, J. S., Dutra, T. A. & Dutra, G. A. (2017). Gestão de Pessoas: realidade atual e desafios futuros. São Paulo: Atlas.

Ferreira. A.B.H. (1986). Novo dicionário da língua portuguesa. Rio de Janeiro. Nova Fronteira.

Gil, A. C. (2010). Gestão de pessoas: enfoque nos papéis profissionais. (1a ed.). São Paulo: Atlas.

Hey, L.A.N. (2008). Racionalidade instrumental e substantiva nas práticas de formação do Administrador: Um estudo de casos múltiplos junto a instituições de ensino em Curitiba. Dissertação de mestrado. Programa de mestrado em Administração, Universidade Positivo, Curitiba, PR, Brasil.

Korcznski, M. (2005). Skills in servisse work: na overview. Loughborough University Business School. Human Resource Management Journal, 15 (2), 3-14.

Loch, C.l. & Correia, G.S. (2004). A flexibilização do trabalho e da gestão de pessoas limitadas pela racionalidade instrumental. Revista de Ciências da Administração, 6 (12), 2-24.

Lovelock, C. & Wirtz, M. A. H. (2011) Marketing de serviços: pessoas, tecnologia e estratégia. Tradução Sônia Midori Yamamoto. (7a ed.). São Paulo: Pearson Prentice Hall.

Maldonado, M. U., Souza, L. L. C. de, Rados, G. J. V., Varvakis, J. & Selig, P. M. (2009). Um Estudo sobre a Evolução e as Tendências da Gestão de Serviços. ENEGEP XXIX Encontro Nacional de Engenharia de Produção e XXIX Encuentro Nacional de Ingenieria de Production.

Mascarenhas, A. O., Vasconcelos, F. C. de & Vasconcelos, I. F. G. (2005). Impactos da Tecnologia na Gestão de Pessoas – um Estudo de Caso. RAC, 9(1),125-147.

Medeiros, M. (2005). Questionários: recomendações para formatação. In: IPEA: Texto para discussão, no. 1063.

Muzzio, H. A Condição Paradoxal da Administração de Recursos Humanos: Entre a Racionalidade Instrumental e a Racionalidade Substantiva. (2014). Cad. EBAPE.BR, 12(3), 706-718.

Nascimento, L. P. de. (2001). Administração de cargos e salários. São Paulo: Pioneira Thomson Learning.

Pacheco, E.N. Racionalidade Substantiva na administração pública: Estudo de Caso na Sede Administrativa da Universidade do Estado de Mato Grosso – UNEMAT. (2011) VIII Congresso Virtual Brasileiro – Administração. Mato Grosso. Brasil.

Pontes, B. R. (2007). Administração de cargos e salários: carreira e remuneração. (12a ed.). São Paulo: LTR.

Previtali, F.S. & Fagian, C.C. (2014). Organização e controle do trabalho no capitalismo contemporâneo: a relevância de Braverman. Cad. EBAPE.BR, 12(4), 757-769.

Rattner, H. Benefícios e motivação no trabalho. (1966). RAE. 6(19),13-40.

Ribeiro, A. F. de. Taylorismo, Fordismo e Toyotismo. (2015). Lutas Sociais, 19(35), 65-79.

Santos, C. dos, Marchi, J., Moura, G.L. de & Campos, S. A. P. de. (2017). A racionalidade instrumental e substantivas desveladas pelo discurso de trabalhadores do Instituto Terra: a tensão manifesta em vozes polifônica. VI Colóquio internacional de epistemologia e sociologia da ciência da administração. Florianópolis. Santa Catarina. Brasil.

Serva, M. Racionalidade e organizações: o fenômeno das organizações substantivas. (1966). Tese de doutorado, Escola de Administração de Empresas, Fundação Getúlio Vargas, São Paulo, Brasil.

Serva, M. O fenômeno das organizações substantivas. (1993) Revista de Administração de Empresas. 33(2), 36-43.

Serva, M. Racionalidade substantiva demonstrada na prática administrativa. (1997). Revista de Administração de empresas. 37(2), 18-30.

Serva, M., Caitano, D., Santos, L. & Sequeira, G. (2015). A análise da racionalidade nas organizações – um balanço do desenvolvimento de um campo de estudos no Brasil. Cad. EBAPE.BR, 13(3), 430-437.

Sine, W. D., Mitsuhashi, H. & Kirsch, D.A. (2006). Revisiting Burns and Stalker: formal structure and new venture performance in emerging economic sectors. Academy of Management Journal, 49(1), 121–132.

Souza, G.C.de & Ornelas, A.L. (2015). Alberto Guerreiro Ramos e a autonomia dos estudos organizacionais críticos brasileiros: escorços de uma trajetória intelectual. Cad. EBAPE.BR, 13(3), 438-461.

Taylor, F. W. (1987). Princípios de administração científica. São Paulo: Atlas.

Vizeu, F. (2006). Da racionalidade instrumental à racionalidade comunicativa: o caso de uma instituição psiquiátrica. O&S, 13(36),163-184.

Waltter Jr (2015). Teoria da burocracia de Max Weber. Portal Estudos em Administração. Acesso: 02 Outubro, 2018, http://www.estudoadministracao.com.br/ler/teoria-da- burocracia-de-max-weber/>.

Downloads

Publicado

2019-11-02

Como Citar

Massi, M. L. G. (2019). Construção de um instrumento de coleta de dados a partir dos indicadores de racionalidade instrumental e Substantiva nas organizações de serviço. Revista Científica Hermes - Fipen, 25, 385–407. https://doi.org/10.21710/rch.v25i0.489

Edição

Seção

Artigos

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)

1 2 > >>